Mulheres e professores terão período especial de transição na Reforma da Previdência

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As mudanças previstas irão afetar principalmente quem tem mais de 50 anos, diz Padilha.

O presidente interino Michel Temer solicitou estudos para que seja incluído no projeto da Reforma da Previdência um período de transição especial para mulheres e professores. As informações foram divulgadas pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, ao jornal Folha de S.Paulo.

O pedido se refere a um dos principais pontos da reforma, que é a mudança na idade mínima para que o trabalhador requeira a aposentadoria. A ideia é que ela passe de 55 para 65 anos, no caso de homens, e de 50 para 62, no caso das mulheres.

— O presidente Temer me pediu apenas uma exceção: que o grupo que eu coordeno observe para as mulheres e os professores uma transição mais longa, para que não seja abruptamente elevada essa diferença de idade com relação à idade mínima para os homens (de outras profissões) —, disse o ministro ao jornal.

Padilha reiterou, ainda, que aqueles que já estão em idade para se aposentar, ou já requereram a aposentadoria, não serão afetados pela reforma. Os demais “vão pagar um pedágio” proporcional ao tempo que falta para atingir a idade mínima.

Em entrevistas, Padilha tem argumentado que o sistema previdenciário ficará inviável na próxima década e que existe risco real de faltar dinheiro para pagar os aposentados se nada for feito.

Segundo estimativas do governo interino, o rombo na Previdência pode chegar a R$ 146 bilhões neste ano e a R$ 180 bilhões em 2017.

Padilha também tem afirmado que as mudanças deverão atingir tanto trabalhadores do setor privado quanto funcionários públicos.

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